Essa mulher inspira-lhe imediatamente confiança. Uma mistura de petulância e gentileza emana de toda a sua pessoa, uma aptidão para a empatia reforçada pelo respeito, uma profunda bondade que não contém condescendência. Uma beleza interior de tal força que faz esquecer os traços sem graça do seu rosto. Blanche então diz a si mesma que bateu à porta certa, que a chave salvadora está ali, nas mãos da psicoterapeuta. Blanche cresce entre dois mundos: o do pai, obscurecido pela dor e pelo ressentimento familiar; o da mãe, um ambiente burguês feito de benevolência. Dois mundos igualmente queridos pela criança, mas com os quais ela deve se conformar para conquistar o amor de um pai que a denigre constantemente. Essa busca por amor condicionará toda a sua vida adulta. Uma vida marcada por amores indiferentes, culpa constante, questionamentos incessantes sobre a falta de amor do pai. Uma vida pontuada ao mesmo tempo por um duplo sentimento de remorso e raiva em relação à mãe... Publicação: 2 de junho de 2025 Pedir Comunicado de imprensa