Youcef Zirem

Engenheiro de petróleo, Youcef Zirem tornou-se jornalista após vários anos de trabalho no setor industrial. Seu primeiro livro, "Filhos da Neblina", foi publicado em Paris em 1995. Desde então, publicou cerca de vinte livros, incluindo "O Homem Que Nada Entendia", "A Porta do Mar", "As Estrelas Se Lembram de Tudo", "A Quinta Máscara", "O Semeador do Amor" e "Livre Como o Vento". Em Cabília, uma biblioteca leva seu nome desde 2 de junho de 2002. Ele mora em Paris há quase vinte anos.

Longe de sua terra natal, um escritor pega a pena para relatar a passagem do tempo; suas experiências, com suas alegrias e tristezas, ao longo de dez anos. Estas são as palavras que o ajudam a aliviar a dor do exílio. É também esta cidade, Paris, pela qual ele está apaixonado, que lhe permite suportar as dificuldades, o banimento. Neste diário, há uma crônica pacífica de uma década parisiense: frequentemente aborda literatura, encontros, nostalgia, questionamentos, atualidades francesas, notícias daqueles que lutam por uma Argélia democrática. A poesia às vezes é o único remédio para dias sombrios, a poesia está em toda parte, nas ruas da cidade, nos rostos de mulheres amadas ou em fuga. A poesia prova ser um modo de ser quando o homem quer permanecer livre e de acordo com seus princípios. Há também surpresas neste diário: os encontros inesperados do escritor com aqueles que visitam Paris, como este instantâneo com a Rainha da Inglaterra. Com palavras do coração, o escritor compartilha suas leituras, suas andanças e tentativas de capturar uma felicidade que é sempre possível. Pois o homem se adapta a tudo; Ele consegue inventar um mundo interior que lhe permite superar a fúria do mundo ao seu redor. Este diário é um belo passeio por Paris; é também uma viagem às profundezas da alma de um escritor. Uma alma que se sente próxima de todos os humanos, especialmente daqueles que mais sofrem.