Douro Editions "Através da leitura, ausentamo-nos de nós próprios e das nossas próprias vidas." Alphonse Karr
"Estamos na terra das cobras." Durante o primeiro confinamento, em Lisboa, uma jovem tradutora mantém um diário. O romance que está a traduzir também se passa em Lisboa. Agathe sente que pode sair para a rua. Escapar. Às margens do Tejo, recorda o Brasil. O Brasil que lhe trouxe a tradução; a tradução que lhe abriu as portas a Portugal; Portugal, que a apresentou ao homem; o homem, que a lembrou de se lembrar do Brasil. Manuela Gonzaga escreve nos seus Jardins Secretos de Lisboa: "Estamos na terra das cobras." Estará ela a morder a cauda? É um círculo. Ela finalmente segura a sua mão. O seu diário, que Agathe só encadernará no final da sua viagem, guiá-la-á pelas suas próprias passagens subterrâneas, até à luz resplandecente do novo dia. "Na Terra das Serpentes" evoca confinamento e exílio, liberdade e realização, num jogo de espelhos sempre desestabilizador para a jovem heroína que não procura manter o fio da história nem da sua própria história.