Este livro continua a jornada pela Roma Antiga iniciada em Mestres do Mundo, o primeiro volume do ciclo "Pax Romana" — um afresco abrangente do mundo romano no início da nossa era. O Império dominava quase todas as partes do globo conhecidas naquela época. O exército havia se tornado uma figura coletiva, atuando como um vetor de assimilação e integração. Tranquilizada pela paz, a Urbs — uma verdadeira ponte entre diferentes culturas, religiões e origens — estava no auge. Mas, embora Roma finalmente tivesse superado seus inimigos, preocupações incessantes oprimiam a velhice de Augusto, cansado e sozinho no auge do poder. O governo do mundo ainda precisava ser organizado. Uma tarefa árdua e tediosa, tanto interna quanto externamente. O Imperador luta para lidar com as dificuldades administrativas, as intrigas confusas que surgem e se desenrolam em torno do problema da sucessão, o egoísmo daqueles ao seu redor, suas paixões insensatas, ciúmes e jogos amorosos irregulares. Outras causas de problemas na política germânica. Os imensos territórios transrenanos entre o Reno e o Albis (o Elba) encontram-se em subjugação puramente formal. A nova província ainda não foi romanizada; as tribos guerreiras a evitam furtivamente. As tentativas do legado imperial de introduzir o uso romano e fortalecer a autoridade central causam crescente descontentamento. E, do Oriente, a insignificante Judeia, sempre instável, impõe desafios de complexidade ainda maior: o governador da Síria não consegue enxergar com clareza em meio a uma confusão tão complexa! Desgastado e desanimado, o velho imperador, no entanto, continuou a buscar incansavelmente na vida cotidiana a solução para os múltiplos problemas que a administração do mundo lhe impunha, para que Roma pudesse preservar o Império que conquistara à custa de tanto sangue e com a ajuda da fortuna.